segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SUOR


E eu, que andava sentindo falta de ser criança, voltei a viver a água espumosa e salgada, a areia, o sol, o vento. Voltei a ter corpo, pele músculos ossos, coração vagabundo.

*

Quando o galo cantou, o velho estava morto. Fui acordado por pesada notícia após a noite leve (como uma onda no mar). Tateei textura diferente (vivi longa anestesia).

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Sinto-me eternamente desencontrado. Não encontro raiz nem par.

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Cada vez mais, penso que viver é feito de apenas consentir. É baixar a cabeça e jamais ter razão; é engolir o choro.
Viver é implodir. 

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