terça-feira, 14 de outubro de 2008

FICÇÃO

Ontem eu tava olhando pra tua foto e notei, depois de meia hora, que a coisa que eu mais gosto no teu rosto é aquela ruguinha embaixo do olho direito. Aquela que parece uma olheira, mas não é, porque não é escura, é apenas uma linhazinha que divide o teu rosto em “região do olho” e “região da bochecha”. Pra mim, ela diz tudo sobre ti. Quando olho pra ela, vejo aquele cara que me aperta contra o peito, que sorri de uma forma que me mata, que mente descaradamente pra mim coisas como a tua presença mexe demais comigo, ou eu passei dias pensando em ti, e sinto um aperto enorme no peito. Mas é um aperto que me deixa feliz, pois eu imagino que eu, só eu, consigo ver aquela ruguinha, ou só eu consigo entender o que aquela ruguinha quer me dizer. Vejo tanta sinceridade nela, que me permito até imaginar que a gente vai ficar juntos, e que nada nada nada vai nos atingir, pois estamos unidos, pois a gente encontrou no outro o que a gente sempre procurou: a verdade sobre todas as coisas.